terça-feira, 2 de abril de 2013

E como anda a sua vida? Sêneca e Nietzsche.


Nenhum homem sábio deixará de se espantar com a cegueira do espirito humano. Ninguém permite que sua propriedade seja invadida, e, havendo discórdia quanto aos limites, por menor que seja, o homem pega em pedras e armas. No entanto permitam que outros invadam a suas vidas de tal forma que eles próprios conduzem seus invasores a isso. Não se encontra ninguém que queira dividir sua riqueza, mais a vida, é distribuída entre muitos!
São econômicos  na preservação de seu patrimônio, mais desperdiça o tempo, a única coisa que justificaria a avareza.
Agradar-me-ia questionar qualquer um dentre os mais velhos.
"Vemos que já atingiste o fim da vida, tem cem ou mais anos. Vamos, faz o cálculo de sua existência. Conta quanto deste tempo foi tirado por um credo, uma amante, pelo poder, por cliente. Quanto tempo foi tirado pelas brigas conjugais e por aqueles com escravos, pelo dever das idas e vindas pela cidade. Acrescenta, ainda, as doenças causadas por nossas próprias mãos e também todo o tempo desperdiçado.
Verás que tens menos anos do que contas.
Perscruta a tua memória; quando atingiste um objetivo? Quantas vezes o dia transcorreu como o planejado? Quando usaste o teu tempo contigo mesmo? Quando mantiveste uma boa aparência, o espirito tranquilo? Quantas obras fizestes para ti com um tempo tão longo? Quantos não esbanjaram a tua vida sem que notasses o que estavas perdendo? O quanto de tua existência não foi retirado pelos sofrimentos sem necessidade, tolos contentamentos, paixões ávidas, conversas inúteis, e quão pouco te restou do que era teu? Compreenderas que morres cedo"... # incompleto.

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