quarta-feira, 6 de março de 2013

CULTURA BEAT NO ''LIVRO DA SEMANA'': CARTAS DO YAGE





Demorou bastante mais eu sabia que uma hora ou outra eu acabaria escrevendo sobre esses caras, os geniais e inigualáveis BEATS, que contracultura  teríamos se lá atras esses caras resolvessem nunca terem feito ou escrito o que eles escreveram. Sua camisa de flanela que tanto ama nunca teria sido famosa se não tivesse sido transformada em moda pelos fãs desses caras, ser retro é homenagear mesmo que não queira uma geração de pessoas que falavam o que queriam e faziam o que queriam.

Quando drogas eram muita mais mal vistas do que hoje esses geniais amigos buscavam inspirações mergulhando de cabeça em substancias que só de você pensar te fariam enfartar.






                                           
O livro dia hoje é uma homenagem a um dos melhores
livros que tive a honra de ler, CARTAS DO YAGE é um livro único e formado por cartas que foram enviadas por dois caras ilustres daquela época. ( não tao bem vistos na época)

Uma viagem ao coração da selva para provar e sentir os efeitos de uma droga totalmente alucinógena e quase descrita como mítica por muitas pessoas que já haviam provado. Nosso querido junkie William Bourroghs começa escrevendo varias cartas ao seu grande amigo Allen Ginsberg dizendo que começará uma viagem em busca de uma viagem esotérica a base dos efeitos da tao famosa ayahuasca, Bill (assim como assina algumas cartas) passa pela Bolívia, peru e mais alguns lugares da América do sul, apesar de interessado em uma boa experiencia ele não deixa de mostrar que odeia todas as pessoas que ele encontra pelo caminho sejam eles, índios  prostitutas, garotos de programa, dinamarqueses ele tem criticas ferrenhas sobre todos esses povos que fazem algumas das vezes ser engraçado ver o seu ponto de vista, sem contar que ele nos deixa ver um trecho do seu livro ''Roosevelte após a inauguração e outras atrocidades''                            

Logo em seguida entra Allen alguns anos depois escrevendo que também foi procurar a mesma maravilha natural da qual William falou ( SEGUNDO Bill ele não conseguiu sua tao aguardada sensação pelo fato das pessoas ao seu redor conseguir estragar tudo). Ginsberg nos mostra desenhos incríveis do que ele viu e retratos mais precisos e menos nervosos sobre os locais por onde passa, uma viagem no subconsciente, me faz lembrar a primeira vez que li ''medo e delirio em las vegas'' mais de uma forma menos agressiva.

Como falar do livro e não citar os escritores que fizeram dessa deada de 50 um marco para todas as outras gerações, uma historia não é nada sem seus contadores.



Começo falando desse tiozão aqui ao lado ''William Bourroghs'' sem duvida um escritor magnifico que fez livros que beiravam do grotesco até o fantasioso, sendo que a maioria era auto-biográfico. Apesar de fazer parte da famosa beat generation
o que ele escrevia era além, não tinha muito haver com os escritores daquele tempo.

Adorava escrever enquanto estava com a mente alterada por vários tipos de drogas alucinógenas  Will é o eterno junkie, vivia essa filosofia de vida e até próximo da sua morte nunca parou de usar o que ele gostava tanto, abatido com a morte acidental de sua esposa, Bourroghs usa o gatilho dessa tragedia para transformar dor em ideias, sua homossexualidade também está diretamente ligada a morte de Joan.

Muitos termos, nomes de bandas e coisas que hoje são celebres vieram das paginas dos seus livros.

Foi um pioneiro na literatura experimental.







Agora eu chego nesse barbudo incrível, o meu predileto dentre todos os escritores beats, Allen Ginsber foi o mais depressivo e apaixonado dos poetas da década de 50 e cultivava um amor cego por Kerouack e logo em seguida por Neal Cassidy. Teve uma infância conturbada pelo fato de sua mãe ter sido uma paranoica que achava que o mundo conspirava contra ela.

Pai de um dos livros mais únicos de todos os tempos oque eu posso chamar de bíblia ( howl ) foi um livro com um teor sexual muito grande, uma poesia que botaria qualquer outro poeta pra baixo e ao mesmo tempo levanta qualquer mente genial. o próprio Jim Morrison dizia ganhar inspiração para suas musicas após ler umas poesias de Allen.

Passou um tempo em um sanatório por vontade própria, Allen simplesmente faz de suas palavras algo único em forma de poesia, totalmente obsceno de uma forma magnifica Ginsberg faz de sua obra algo impossível de se não ler.


Ates de sair lendo qualquer porcaria que vende milhões a cada segundo cheio de vampiros podreS e zumbis epiléticos que amam, pense duas vezes e procure um livro que fará vc ficar bem mais antenado, uma viagem que todo leitor deveria procurar.

Corra e leia antes que os livros se tornem algo raro.














2 comentários:

  1. Uma das minhas partes prediletas desse filme é quando lá pra frente, perto do fim do filme. Sal volta pra sua cidade e encontra alguns amigos, inclusive um dos meus personagens prediletos que é Carlo. E Sal faz uma pergunta que apenas aqueles que estão em busca da verdade são capazes de responder. A pergunta é.

    Sal;
    Há quanto tempo nos conhecemos?
    Há mais ou menos 5 anos eu acho.
    Em que nos convertemos?
    Uma pergunta fácil.
    Pode nos dizer, Carlo?

    Carlo;
    Tenho 23 anos.
    Vivo as expensas de meus amigos e família.
    Sei que não há tesouro no fim da estrada.
    Só há merda e mijo!
    Saber disso, me faz livre.

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  2. SIMPLISMENTE FODA O SEU COMENTARIO, NAO LEMBRAVA DESSA PARTE, A LIBERDADE ESTÁ NAS PEQUENAS COISAS UMA DELAS É SER LIVRE MENTALMENTE! SÓ SABER DISSO NOS FAZ LIVRE, GRANDE Carlo max!

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